sexta-feira, 25 de março de 2011

Feira do Livro reúne Cordel, repente, aves, e literatura fantástica

Fonte: Agência Bom Dia

A Secretaria Municipal de Cultura de Sorocaba reúne cordel, repente e literatura fantástica na 11ª Feira do Livro Infantil, que será realizada os dias 15 e 19 de abril, no Sesc.

A feira promoverá encontros com autores e o público. Confirmaram presença César Obeid e Martha Argel.

César Obeid escreveu 16 livros relacionados com a cultura e escreveu, dentre outros, o livro "Seu Livro Pela Voz do Cordel", com coautoria de Maria Augusta de Medeiros.

Martha Argel é doutora em Ecologia e estuda aves brasileiras. Publicou os romances "O Vampiro da Mata Atlântica" e "Relações de Sangue", a antologia crítica "O Vampiro Antes de Drácula".

quinta-feira, 24 de março de 2011

1ª Feira de Literatura de Cordel do Sertão

No próximo dia 25 de março o município de Serra Talhada promoverá a "1ª Feira de Literatura de Cordel do Sertão". O evento é uma promoção da Fundação Cabras de Lampião e reunirá os seguintes poetas: Dedé Monteiro, Edgar Muniz, Caio Menezes, Felipe Júnior, Dudu Morais, Dulce Lima, Genildo Santana, Adeval Soares, Neide Nascimento, Paulo Moura, Gilberto Mariano, Rui Grudi, Damião Enésio e Zé Pereira.

Fonte: Jornal do Comércio, edição 24/03/2011

terça-feira, 22 de março de 2011

Xilogravura nordestina: tradição e evolução. Exposição no Memorial da Cultura Cearense

O Memorial da Cultura Cearense (MCC) recebe no dia 30 de março a exposição Xilogravura Nordestina – Trajetória e evolução. A mostra tem curadoria de Bené Fonteles e apresenta uma síntese de quase um século da xilogravura que começou com a obra de Mestre Noza, de Juazeiro do Norte, no Ceará, primeiro xilógrafo conhecido internacionalmente. Noza popularizou a técnica da xilogravura através da adaptação da arte gráfica para as capas de cordéis que saíam da Tipografia São Francisco, de José Bernardo da Silva.

A partir da década de 1940 Juazeiro do Norte projetou outros xilógrafos, tão talentosos quanto Noza: João Pereira da Silva, Walderêdo Gonçalves, Manoel Lopes da Silva – o “Manoel Santeiro” –, Damásio Paulo, Antonio Batista da Silva, Abraão Batista e Antonio Lino da Silva. A geração seguinte deu continuidade a esta arte e contribuiu para consolidar uma estética particular chamada "escola de xilogravura de Juazeiro". Quase todos ainda estão em atividade plena, cortanto os "tacos" de umburana e projetando em imagens o universo imaginário pessoal: Stênio Diniz, José Lourenço, João Pedro do Juazeiro, Francorli, Cícero Lourenço, Nilo, Gilberto Pereira, Cícero Vieira, Hamurabi Batista.

Serviço: Abertura da exposição “Xilogravura Nordestina-Trajetória e evolução”, dia 30 de março, no Memorial da Cultura Cearense no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Acesso livre.

Horário de visitação: Terça a quinta, das 9h às 19h (com acesso até 18h30). Sexta a domingo, das 14h às 21h (com acesso até 20h30).

quinta-feira, 17 de março de 2011

O folheto de cordel como fonte de informação e modo de comunicação

Na manhã desta terça-feira (15), alunos e professores da área de Arquivologia do Campus V da Universidade Estadual da Paraíba assistiram a palestra “O folheto de cordel como fonte de informação e modo de comunicação”, proferida pelo poeta e professor português Arnaldo Saraiva. A atividade vincula-se ao Projeto de Pesquisa do curso de Arquivologia da UEPB "Tratamento técnico aplicado ao raro acervo de cordel da biblioteca Átila Almeida/UEPB: otimização de sistema de banco de dados e disponibilização do acervo via web", sob coordenação da professora Manuela Maia.

Durante a apresentação o professor Saraiva mostrou um histórico do cordel, desde a criação, no século XVI, até os dias de hoje, destacando a importância do folheto nos aspectos da comunicação e da formação das comunidades ao longo do tempo.

arn1“O folheto de cordel cumpriu funções importantíssimas, porque, curiosamente, sempre foi um atrativo para os analfabetos e pessoas com pouca instrução que gostavam de ouvir as histórias de cordel, ou ver as xilogravuras que ilustram os livretos. Além disso, os impressos também cumprem o papel da distração e com um humor peculiar abordam desde histórias bíblicas, aventuras marítimas, histórias de personagens e heróis de cada localidade, alguns fatos verídicos, outros ficcionais. Conseguem informar e entreter acima de tudo”, explicou o professor Saraiva.

Segundo Saraiva, sua ligação com o Brasil surgiu a partir do momento em que ele teve acesso à Literatura Brasileira, mais precisamente aos poemas de Carlos Drummond de Andrade. “Nasci e fui criado numa cidade que não tinha imigrantes brasileiros e na infância e adolescência não tive contato nenhum com a cultura do país. Mas a poesia de Carlos Drummond me trouxe ao Brasil e me fez descobrir que eu gostava mais da língua portuguesa falada no Brasil e hoje posso afirmar que tenho aprendido muito com esse país que agora é minha terra também”, declarou.

Após a apresentação no Campus V da UEPB, Arnaldo Saraiva segue para Recife, onde inaugura a exposição "Teia de cordéis", com sua coleção de literatura portuguesa de cordel e profere uma conferência voltada a essa temática.

Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, Arnaldo Saraiva concluiu o doutorado na Faculdade de Letras do Porto, onde exerceu a função de docente de Estudos Brasileiros e Africanos. Foi leitor de Língua e Literatura Portuguesa e Brasileira na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, Estados Unidos, e professor convidado da Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle). É autor de várias publicações e por uma série de coincidências, conviveu com grandes poetas como Eugénio de Andrade, Jorge de Sena, João Cabral de Melo Neto, Herbert Hélder, Carlos Drummond de Andrade, entre outros.


Prefeitura de João Pessoa traz o projeto Cordel na Sala de Aula


Os professores da rede municipal continuam sendo incentivados a utilizar a literatura em cordel na sala de aula. A partir dessa quarta-feria (16), a Prefeitura de João Pessoa realiza o VI Seminário Literatura de Cordel. O evento é uma iniciativa da Secretaria de Educação e Cultura e acontece nos dois turnos, das 08h às 11h30 e das 13h às 17h no Centro de Capacitação de Professores , localizado na Avenida Beira Rio.

Professores de 35 escolas da rede municipal de ensino, contempladas com o Projeto Cordel na Sala de Aula, estarão participando do seminário que tem como objetivo estimular a apreciação de folhetos de cordel em sala de aula; discutir métodos de abordagem do cordel no ensino fundamental e estudar folhetos cujos temas sejam adequados a faixa etária dos alunos.

Ministrado pelo professor Doutor em Literatura, Hélder Pinheiro o seminário vai realizar oficinas de leitura e apontar sugestões metodológicas de forma a trabalhar a literatura de cordel na sala de aula.

Entre os assuntos discutidos estão: abordagem comparativa entre os cordéis que falam das viagens imaginárias com as poesias de viagens de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira; Recontar em forma de cordel as fabulas e os contos; Mostrar o cordel teatralizado e Discutir alguns problemas da presença do cordel em livros didáticos.

Cordel na sala de aula: O Projeto é realizado desde 2007 em 35 escolas da rede municipal de ensino, abrangendo o Ensino Fundamental I e II e Ensino de Jovens e Adultos (EJA). O objetivo da ação é incentivar o hábito de leitura do cordel dentro das atividades transdisciplinares de cada escola, entendendo esse gênero literário como instrumento pedagógico.

Museu do Folclore apresenta II Encontro com poetas populares e rodas de cantoria

Programação

17/03/2011

14h30 - Oficina "O cordel, suas manhas e mumunhas" Com Sepalo Campelo

16h - "Literatura de cordel: o tempo é hoje! ". Como a literatura de cordel evoluiu e permanece viva como gênero literário e fragmento da cultura popular transitando entre o simbólico e a resignificação dos códigos, com Gonçalo Ferreira da Silva, Manoel Monteiro e Maria do Rosário de Fátima Pinto

18h30 - "Roda de cantoria" com Mestre Azulão

18/03/2011

14h30 - Oficina "A literatura de cordel, evolução e firmamento" com Mestre Campinense

16h - "Literatura de cordel, desafio e pelejas: o cordel na contemporaneidade". Como a literatura de cordel se apropriou das novas formas de comunicação e fez material para a divulgação de seu conteúdo e instrumento para o processo identitário nacional. Com Dalinha Catunda, João Batista Mello e Ivamberto Albuquerque

18h30 - "Roda de cantoria" com Sergival e Chico Salles

19/03/2011

16h - Sessão plenária na sede da ABLC - Rua Leopoldo Froes, 37 - Santa Teresa. Homenagem ao poeta Manoel Monteiro, eleito o "cordelista do ano de 2010"

Serviço

"II Encontro com poetas populares e rodas de cantoria". 17 e 18 de março de 2011, a partir das 14h30. Auditório do Museu de Folclore Edison Carneiro/CNFCP. Rua do Catete, 179 (metrô Catete), Rio de Janeiro, RJ

domingo, 13 de março de 2011

Teia de cordéis: exposição de cordéis portugueses em Pernambuco

Fonte: Diário de Pernambuco, edição de 13/03/2011
Texto: Maria Alice Amorim

Teia de cordéis é o título da exposição que o Museu de Arte Popular (MAP) inaugura quarta-feira, às 19h. Trata-se de uma mostra de literatura de cordel portuguesa em que será possível apreciar publicações do gênero, impressas a partir do século 17. Serão exibidos 250 cordéis do português Arnaldo Saraiva. Reunindo raridades desde os anos 1960 - quando veio pela primeira vez ao Brasil -, Saraiva traz ao Recife expressiva mostra de folhetos portugueses, ´cada vez mais invisíveis, mesmo em sebos`, conforme declara o pesquisador, o importante e raro estudioso do assunto naquele país. É também pela primeira vez que o Brasil recebe uma mostra de literatura de cordel portuguesa.


Poetas José Costa Leite e Marcelo Soares prestigiam a mostra de Arnaldo Saraiva (C) Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Apesar da vitalidade e importância que a literatura de cordel tem ainda no Brasil, e em especial no Nordeste, uma exposição como esta poderá revelar a muitos brasileiros e portugueses as especificidades desta literatura`, defende o pesquisador, que possui uma coleção constituída de cerca de 700 exemplares portugueses, muitos dos séculos 18 e 19, entre os quais seis dezenas de folhas volantes. Os títulos em exibição no Recife dão uma idéia dos temas, dos períodos, formatos, modalidades textuais que caracterizam a coleção.

O acervo de Arnaldo Saraiva está registrado no catálogo Folhetos de Cordel e outros da minha colecção, editado em 2006 pela Biblioteca Municipal Almeida Garrett, da cidade do Porto, onde o colecionador expôs cerca de 125 folhetos da coleção de raridades que possui, e onde também já expôs folhetos de cordel brasileiros da sua coleção de cerca de 4 mil exemplares. A exposição dos folhetos portugueses passou, ainda, pela Biblioteca Nacional de Lisboa e agora - ampliada para 250 exemplares - chega ao Recife, precisamente ao Museu de Arte Popular, no Pátio de São Pedro, onde poderá ser visitada no período de 16 de março a 30 de abril.

A inauguração da mostra de cordéis portugueses, na quarta-feira, contará com recital de cordelistas nordestinos. Na quinta-feira, também às 19h, Arnaldo Saraiva ministra uma palestra - a literatura de cordel portuguesa - no Teatro Hermilo Borba Filho, seguida de debate e recital.

Serviço

Teia de cordéis (Cordéis Portugueses, da Coleção Arnaldo Saraiva)
Quando: 16 de março a
30 de abril de 2011
Onde: Museu de Arte Popular (MAP) (Pátio de São Pedro, Casa 49)
Informações: 81 - 3355.4720

quinta-feira, 3 de março de 2011

I CEARÁ DAS RABECAS

As atividades de formação do I Ceará das Rabecas está com inscrições abertas para suas oficinas, workshops e seminários. As inscrições podem ser feitas até o dia de cada programação no www.cearadasrabecas.com.br

O festival, com a curadoria do prof. Gilmar de Carvalho será realizado nos dias 18, 19 e 20 de março, em Fortaleza, no Sesc Senac Iracema, reunindos mestres da Rabeca e luthiers do estado do Ceará e as novas gerações de rabequeiros. Inteiramente gratuitas, as oficinas, workshops e seminários serão realizadas no Seminário da Praia e na Associação Cultural Grupo de Capoeira Água de Beber, na Praia de Iracema.

Os três dias de evento possibilitarão ao público o contato direto com a cultura popular e seus expoentes e ainda aprendizado e reflexão acerca destas manifestações e promove a visibilidade do instrumento rabeca.

O I Ceará das Rabecas é realizado pela Mungango Produções. Patrocínio: Banco do Nordeste. Apoio Cultural: Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult); Governo Federal - através da Lei de Incentivo à Cultura. Apoio Institucional: Sesc, Faculdade Católica de Fortaleza, Capoeira Cecab, Prefeitura de Fortaleza, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal de Fortaleza, Rede de Atenção Cego Aderaldo, Universidade Federal do Ceará (UFC) e Caixa Econômica Federal.

Confira as atividades

Oficinas

Xilogravura: João Pedro do Juazeiro

Construção de Rabecas de Cabaças: Di Freitas

Local: Seminário da Prainha

Workshop

Fotografia e Tradição: Francisco Sousa

Local: Seminário da Prainha

O toque da Rabeca: Maestro Abimael

Local: Associação Cultural Água de Beber

Seminário Cultura e Tradição - Patrimônio Imaterial

Mediador: Erivaldo Casimiro

Convidados: Clerton Martins, Gilmar de Carvalho e Oswald Barroso

Local: Seminário da Prainha

Seminário Cultura e Tradição - Etnomusicologia

Mediador: Juliano Smith

Convidados: Luciana Gifoni, Elba Braga Ramalho e Lourdes Macena

Local: Seminário da Prainha

Serviço
I Ceará das Rabecas
Data: 18, 19 e 20 de março
Local: Sesc Senac Iracema
Grátis
Programação e inscrições no www.cearadasrabecas.com.br
Mais informações: 085 - 3032 3333 |8894 7717
@cearadasrabecas


VII Patativa do Assaré em Arte e Cultura e II Café Literário com lançamento de "Arcanos do verso: trajetórias da literatura de cordel"







Ontem estive em Assaré participando da VII edição do Patativa do Assaré em Arte e Cultura, um promoção da Secretaria da Cultura de Assaré. Esta festa todos os anos homenageia o poeta cearense que tornou a cidade de Assaré reconhecida na história da literatura brasileira.





Na programação várias atividades: Fórum de Cultura e Turismo do Cariri, mesa redonda sobre patrimômio imaterial, cortejo de artistas, oficinas e apresentações artísticas.

Na festa tive a oportunidade de, entre poetas e cantadores do repente, lançar o livro "Arcanos do Verso: trajetórias da literatura de cordel", vencedor do Prêmio Mais Cultura Patativa do Assaré na categoria de pesquisa, durante o II Café Literário.

Na Escola de Ensino Fundamental e Médio Raimundo Moacir Alencar Mota estavam presentes os poetas e repentistas mais experientes da cidade e foi feita uma belíssima homenagem ao poeta mais "jovem" da cidade, Anacleto Dias, parceiro de Patativa, que nasceu em 1925 e, aos 10 anos de idade já fazia seus primeiros versos.

Em Assaré, por mais de uma vez, tive a oportinidade de constatar um fato interessante: a poesia do repente e o cordel são práticas cotidianas naquele lugar. Existem dezenas de Patativas em Assaré.
Qualquer pessoa que aprecia o cordel não deve deixar de conhecer este lugar, onde a poesia está em cada esquina.