sexta-feira, 29 de abril de 2011

Exposição: Luiz Karimai










O Centro Cultural Banco do Nordeste de Juazeiro do Norte apresenta, a partir do dia 29 de abril, exposição da obra do artista plástico Luiz Karimai. A exposição é uma homenagem póstuma a um dos pintores mais importantes radicados no Ceará.
Imperdível!

Lançamento Coleção Clássicos do Cordel










O mais novo lançamento da coleção Clássicos em Cordel é uma versão poética de uma das obras mais conhecidas da literatura universal, o drama Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Escrito por Sebastião Marinho, grande nome do repente, e ilustrada por Murilo Silva, a adaptação poética da famosa peça é voltada principalmente para o público infantojuvenil.
Sebastião Marinho soube extrair da peça shakespearian toda a grandeza trágica. Ao mesmo tempo, sua recriação traz elementos novos que mostram que o poeta não quis simplesmente apresentar uma cópia, em versos rimados, da obra explorada pelo cinema e pela própria literatura. O autor do cordel, ao descrever a jovem Julieta, produziu estrofes primorosas, como esta:

A personificação
De Vênus, Ísis, Latona.
Se Leonardo da Vinci
Exagerou na Madona,
Deus acertou na beleza
Da jovem flor de Verona!
A versão poética de Romeu e Julieta será lançada dia 7 de maio, na Livraria Novesete da Vila Mariana. O evento terá a presença de grandes nomes da poesia popular, incluindo autores de outras adaptações da coleção Clássicos em Cordel.
Local: Rua França Pinto, 97, Vila Mariana, São Paulo-SP.
Marco Haurélio
Skype: marco-novaalexandria

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Os Nossos Bonecos: memórias do Mercado da Primavera no Museu de Arte Popular

Lisboa, 13/04/2011 - http://viajar.clix.pt
Os Nossos Bonecos – Memórias do Mercado da Primavera é o tema da mostra no Museu De Arte Popular, em Lisboa, que vai estar patente nos dias 15, 16 e 17. Serão mostradas diversas construções populares do universo dos bonecos, sustentadas em versões mais tradicionais, bem como modelos inseridos no âmbito dos chamados arts and crafts contemporâneos.

Durante esta edição do Mercado da Primavera, o Museu terá um horário mais alargado e decorrerão diversas actividades de animação no exterior do edifício.

Assim, no dia 15, entre outras actividades, é tempo para ver o Grupo Danças e Cantares do Minho. No dia seguinte exibem-se a Escola de Música Juventude de Mafra, o Grupo Tradicional de Cinfães e o Rancho Folclórico Cantarinhas de Barro.

O encerramento fica a cargo da Sociedade Filarmónica Ermegeirense e do Rancho Folclórico e Etnográfico de Mugideira.

Novo livro de Gilmar de Carvalho reconstrói histórias sobre o cordelista Moisés Matias de Moura


Diário do Nordeste, 13 de abril de 2011


Texto de DELLANO RIOS Repórter do Diário do Nordeste
Foto: Francisco Sousa

Há uma imagem forte evocada por Walter Benjamin (1892 - 1940) para falar da história. Testemunha única dos acontecimentos, o Anjo da História vê, aterrorizado e impotente, o passado, enquanto é arrastado por fortes ventos que o lançam ao futuro. "Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu", escreveu Benjamin, na nova tese de seu famoso ensaio "Sobre o Conceito da História". Gilmar de Carvalho, em seu novo livro, se lança a tarefa almejada pelo anjo descrito por Benjamin. O morto que acorda é Moisés Matias de Moura (1891 - 1976), pernambucano, cordelista, que veio para o Ceará nos anos 1920, iniciou-se na literatura de folhetos em Juazeiro do Norte e fez carreira no Ceará, escrevendo cordéis pautados em episódios marcantes do cotidiano da cidade. Os fragmentos que junta são as obras do escritor e episódios de sua vida. Pesquisador incansável e escritor prolífico, Gilmar de Carvalho é autor de algumas dezenas de livros, a maioria fruto de seus estudos sobre as artes e as vivências das tradições populares cearenses. Em "Moisés Matias de Moura - O Cordel de Fortaleza", convergem temas recorrentes na produção de Gilmar de Carvalho: a tradição (evidenciando, sobretudo, seu caráter móvel, de constante transformação), a comunicação (tantos meios de massa, quando alternativas a eles), a escrita poética e a história cultural do Ceará. O livro será lançado às 17h30, no Museu do Ceará, celebrando o aniversário de Fortaleza. Vida e obra O trabalho é dividido em duas partes, a última uma reunião de cordéis. A primeira é formada por uma construção do personagem Matias de Moura a partir dos fragmentos de obra encontrados, das memórias ainda persistentes na família e dos poucos textos que citam o cordelista. Gilmar não escreve como historiador, mas como benjaminiano que é, ciente das propriedades criativas do texto. Sem recorrer à ficção, sua escrita dá ordem às ruínas (constantes em nossa história) que ameaçavam enterrar, definitivamente, Moisés Matias de Moura. Folheto, folhetim e jornalismo No livro "Moisés Matias de Moura", Gilmar de Carvalho reuniu 17 cordéis, sobreviventes dos mais de 100 títulos que o cordelista produziu. A coleta foi difícil e é resultado de uma relação de mais de 20 anos com o tema. "Esbarrei nele quando estava fazendo meu mestrado (concluído em 1991), que foi publicado no livro ´Publicidade em Cordel´. Fiquei curioso porque ele constava no catálogo da Casa Rui Barbosa, mas se falava pouco dele. Em algumas antologias, bem feitas, bem pesquisadas, ele não aparece. O silêncio me incomodou. Como gosto de ir nessa trilha do que não fez sucesso, do que ficou esquecido, comecei a pesquisar sobre ele", conta o autor. O poeta escreveu sobre desastres naturais, crimes bárbaros, dentre outros temas "quentes". Foi a jornalista Tânia Furtado, aluna de Gilmar, quem trouxe do Rio de Janeiro os primeiros 10 folhetos, copiados do acervo da Rui Barbosa. A partir daí, o pesquisador sentiu-se mais seguro para partir em mais uma de suas buscas. O primeiro texto de Gilmar de Carvalho sobre Matias de Moura foi publicado nos 100 anos do cordelista, no Diário do Nordeste. Em Matias de Moura, Gilmar destaca o fato de ter falado de Fortaleza, ainda que o autor não seja único no flerte do cordel com o jornalismo. "Do ponto de vista da métrica, ele não é um poeta rigoroso. Interessa saber como escolhia os temas. Por que falar deste crime e não de outro?", exemplifica. TRADIÇÃO Moisés Matias de Moura - O Cordel de Fortaleza Gilmar de Carvalho COLEÇÃO JUAZEIRO, 2011, 233 PÁGINAS, R$ 30 Lançamento às 17h30, no Museu do Ceará (Rua São Paulo, 51 - Centro). Contato: (85) 3101.2610 DELLANO RIOS REPÓRTER

terça-feira, 12 de abril de 2011

Exposição "Rendas nas terras de Canaan"

O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular espera por você na Sala do Artista Popular

domingo, 10 de abril de 2011

Lançamento do livro "Moisés Matias de Moura. O cordel de Fortaleza"


O professor Gilmar de Carvalho irá lançar o livro de sua autoria "Moisés Matias de Moura: o cordel de Fortaleza".

O livro conta com parceria do Museu do Ceará e da Secretaria de Cultura do Ceará - SECULT.

O lançamento será no dia 13 de abril, às 17:30hs, no Museu do Ceará, que fica na Rua São Paulo nº 51 - no centro de Fortaleza.

Segue, abaixo, um resumo do livro enviado pelo professor Gilmar de Carvalho.

"Moisés Matias de Moura, nascido em Pesqueira (PE), em 1891, veio para Fortaleza no final dos anos 1920. Antes, passou uma temporada em Juazeiro do Norte, onde se iniciou nas artes do cordel. Em Fortaleza, trabalhou como guarda da antiga Inspetoria do Trânsito e mantinha uma banca para a venda de folhetos, no Mercado Central, à Rua General Bizerril.

Escreveu e publicou vários folhetos jornalísticos, falando de crimes, inundações, desastres e até um jogo de futebol envolvendo a seleção cearense, jogo “roubado” pelo juiz. O livro pretende seguir a linha de uma história de vida e da interação dele com a Fortaleza dos anos 1940/ 1950, quando sua atuação foi mais intensa. Reúne também dezessete dos mais de cem folhetos que publicou. A pesquisa foi feita nos acervos da Casa de Rui Barbosa e na Biblioteca Amadeu Amaral (RJ), no Mauc (CE) e nas coleções dos bibliófilos cearenses Rubem Amaral Jr. e Jorge Brito, radicados em Brasília. Moisés Matias de Moura faleceu em Fortaleza, em 1976. O lançamento homenageia o aniversário de Fortaleza, cidade com a qual ele estabeleceu uma relação de amor e da qual foi um cronista."

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pesquisador do Cordel, Vicente Salles será homenageado em Belém

O escritor paraense Vicente Salles será homenageado pelo Instituto de Artes do Pará com o Prêmio IAP de Artes Literárias, no gênero Ensaio.

Vicente Salles fez uma pesquisa que contribuiu significativamente para os estudos da Literatura de Cordel no Brasil, especialmente para o campo dos estudos sobre a edição e as tipografias de cordel. O livro "Repente e cordel: literatura popular em versos na Amazônia", publicado em 1985, foi um dos primeiros estudos sobre o cordel na região amazônica, pois tradicionalmente a maior parte das pesquisas sobre o cordel enfocam o Nordeste como único lugar de produção desta literatura. Sua pesquisa recuperou a história da Editora Guajarina, de Belém, e foi premiado com o Prêmio Sílvio Romero, concedido pelo IPHAN em 1984.



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Oficina de Literatura de Cordel no Memorial da América Latina

“O CANDIEIRO INCENDIÁRIO”
Este é o nome da oficina que o Memorial da América Latina irá promover no próximo 9 de abril.
O objetivo da oficina é mostrar a importância do cordel como manifestação, veículo de comunicação e de incentivo à leitura.
Na oficina serão apresentados os gêneros do cordel e demonstração de ritmos musicais associados ao cordel.
A coordenação do projeto é de Carlos Galdino.
INSCRIÇÕES GRATUITAS: de segunda à sexta, das 10 às 18 horas, no Anexo dos Congressistas / CBEAL - Memorial da América Latina - São Paulo
Vagas limitadas.

O cordel e o cantador

Entre os dias 06 e 31 de abril, o Sesc Ler, da cidade de Gurupi, realizará edição do projeto Mostras Literárias.
O tema deste ano é “O cordel e o cantador” e o projeto vai exibir imagens e informações sobre a literatura de cordel e também com a exposição de um varal de livretos de cordel.
A exposição pretende mostrar a literatura de cordel e a cantoria. Irá abordar os aspectos históricos da literatura de cordel e da cantoria no Brasil, a presença da xilogravura, além de aspectos da autoria no cordel.
O projeto também irá enfocar a questão de como o cordel poderá ser utilizado em sala de aula pelos professores.


Serviço: Mostra Literária: “Literatura de Cordel”

Abertura: 05 de abril às 19h
Visitação: de 06 a 31 de abril das 8h às 21h
Local: SESC Ler de Gurupi, quadra Al. 03, Lt. 60, Parque Primavera
Entrada gratuita
Informações e visitas orientadas pelo telefone (63) 3316 -1388.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cordel para crianças

Ana Raquel Campos teve uma excelente idéia: publicar cordéis para crianças.
Nestes dois folhetos, publicados pela folhetaria Campos de Versos, os meninos e meninas vão aprender mais sobre temas interessantes na linguagem lúdica do cordel.
Parabéns pela iniciativa.
Leia trecho do cordel:


"A história desse cordel
Faz tempo que começou
Há muitos e muitos anos
Quando o povo precisou
Contar o que possuía
Pra saber o seu valor (...)

Era preciso contar
As ovelhas que criavam
Contavam também os bois
Os peixinhos que pescavam
O trigo que se colhia
E os animais que caçavam

Eles contavam também
O tanto de noite e dia
Para poder controlar
A plantação que nascia
O dia que se plantava
O dia que se colhia

Pra poder representar
As quantidades contadas
Os pastores das ovelhas
Tinham pedras arrumadas
Cada ovelha do curral
Tinha pedra separada

Quando as ovelhas saíam
Pra comer seu capinzinho
O pastor botava as pedras
Separadas num saquinho
Cada ovelha que saía
Aumentava seu montinho

Chegando o final do dia
Era hora de voltar
O pastor organizava
A filinha pra contar
Cada ovelha que entrava
Uma pedra era seu par."