terça-feira, 30 de março de 2010

I Colóquio Internacional sobre Poéticas da Oralidade. Cordel: uma tradição que se refaz

Durante o período de 24 a 26 de março de 2010, o Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Literatura da UnB promoveu o I Colóquio Internacional sobre Poéticas da Oralidade. Cordel: uma tradição que se refaz. O encontro reuniu poetas, pesquisadores e interessados em conhecer melhor o estatuto do cordel nos dias atuais. As discussões, mesas coordenadas e o mini-curso “Desconstruir nacionalismos: resgatar identidades regionais”, ministrado pela Dr Ria Lemaire (Universidade de Poitiers –França) foram bastante fecundos, renovaram o interesse e atualizaram as investigações de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. A organização do evento, sob os cuidados afetivos da Drᵃ Regina Dalcastagnè e da mestranda Bruna Paiva de Lucena, foi primorosa em todos os detalhes. O alto nível dos espaços de diálogo provou, mais uma vez, a vitalidade dos estudos sobre o cordel no Brasil. Ficamos todos, com certeza, mais entusiasmados em dar continuidade às conversas, à troca de informações e aos debates. O Colóquio contou com a expressiva participação dos que fazem o Movimento Pela Diferença Nômade.

sexta-feira, 12 de março de 2010

1º Colóquio Internacional sobre Poéticas da Oralidade – Cordel: uma tradição que se refaz

Proposta
O que se entende por literatura é muitas vezes pautado apenas pela tradição literária escrita, ou seja, o livro, o que limita o acesso às demais linguagens e suportes que a literatura pode possuir. Para além da desvalorização da oralidade no contexto da literatura, ainda há a desqualificação de poéticas ditas populares, como é o caso da literatura de cordel.

O 1º Colóquio Internacional sobre Poéticas da Oralidade se coloca na contramão destas percepções. Reunindo alguns dos(as) mais importantes pesquisadores(as) de diferentes instituições do Brasil e do exterior, o colóquio pretende expandir a compreensão do fenômeno literário para além do livro impresso, refletindo, também, sobre a sua função social.
Serão três dias de conferências e debates sobre o estatuto literário do cordel, envolvendo a discussão sobre os novos paradigmas de estudo dessa manifestação artística, bem como sobre os deslocamentos de uma tradição que vem se apropriando de diferentes suportes de publicação para perpetuar-se.
PROGRAMAÇÃO
24/3
Local: Auditório da Reitoria
14h30 - Conferência de abertura
Tradições que se refazem
Ria Lemaire (Universidade de Poitiers – França)
Mediação: Bruna Paiva de Lucena (UnB)
25/3
Local: Auditório da Biblioteca Central
9h às 12h – Mesa redonda
Cantorias e repentes
Francisca Pereira dos Santos (UFC- Cariri)
“Cantadoras-repentistas do século XIX: a construção do território feminino na cantoria e no repente”
Luciana Eleonora de Freitas Calado Deplagne (UnB)
“Gênero em ‘desafio’: das trovadoras provençais às repentistas nordestinas”
João Miguel (UnB)
“A poética cantada: investigação das habilidades do repentista nordestino”
Andrea Betânia da Silva (UFBA)
“Os festivais e a rota da oralidade: uma tradição que se refaz”
Mediação: Robson Coelho Tinoco (UnB)
Local: Auditório da Biblioteca Central
14h30 às 18h – Mesa redonda
Cordel em diferentes suportes e linguagens
Bruna Paiva de Lucena (UnB)
“A Coleção Biblioteca de Cordel, ou o cordel vestido de livro”
Sylvie Debs (Adida de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França em Belo Horizonte/ Universidade de Strasbourg – França)
“O poder de denuncia do Cordel no Cinema: O romance do vaqueiro voador de João Bosco Bezerra Bonfim e Manfredo Caldas”
Jeová Franklin
"Sobre a xilogravura popular nordestina"
Luciany Aparecida Alves Santos (UFPB)
“Migração nordestina e literatura de cordel: deslocamentos e construções identitárias”
Mediação: Paulo Thomaz (UnB)
26/3
Local: Auditório da Biblioteca Central
9h às 12h – Mesa redonda
Cordelistas e editores
Joseilda de Sousa Diniz (Universidade de Poitiers – França/Archivos de Poitiers – CRLA)
“Re-criar o espaço de voz do poeta: a memória entre dois mundos”
Maurílio Antonio Dias (UFBA)
“A emergência de um sistema dualista”
Vilma Mota Quintela
“A edição popular no Brasil: o caso da literatura de cordel”
Rosilene Melo (UFCG)
“No início era o verso e o verso se fez carne: considerações sobre linguagem, corpos e poéticas no cordel”
Mediação: Susana Moreira de Lima (SE-DF - EAPE)
Local: Auditório da Biblioteca Central
14h30 às 18h – Mesa redonda
Cordel e análise do discurso
Simone Mendes (UFMG)
“A morte em forma de poesia: comoção, indignação e reivindicação em cordéis midiatizados”
Cláudia Rejanne Pinheiro Grangeiro (URCA-CE / Grupo de Estudos em Análise do Discurso)
“Movimento dos cordelistas mauditos: antropofagia e redicção”
João Bosco Bezerra Bonfim (UnB)
“O gênero do cordel sob a perspectiva da análise de discurso e da linguística sistêmico-funcional”
Mediação: Maria Isabel Edom Pires (UnB)
Outras atividades:
Exposição de cordéis e xilogravuras do acervo de Jeová Franklin

de 24 a 26 de março, no térreo da Biblioteca Central – UnB.
Minicurso “Desconstruir nacionalismos/resgatar identidades regionais”, com a Professora Dra. Ria Lemaire (Universidade de Poitiers – França)
de 22 a 24 de março, das 9h às 12h, no Departamento de Teoria Literária e Literaturas - UnB
Apresentação e debate do filme “O romance do vaqueiro voador”, com a presença do diretor Manfredo Caldas e de João Bosco Bezerra Bonfim, autor do cordel que inspirou o filme
25 de março, às 19h, Auditório do TEL, UnB.

terça-feira, 2 de março de 2010

Projeto inclui a literatura de cordel na Lei Rouanet

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou projeto que altera a Lei Rouanet para incluir a literatura de cordel entre os segmentos beneficiados com dedução de imposto de renda devido sobre quantias destinadas a doações e patrocínios. Com essa proposta, a literatura de cordel poderá ter um expressivo aporte de recursos para fomento que, certamente, ampliará o número de publicações, divulgação e leitores. A proposta ainda receberá parecer na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), para seguir depois à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), onde receberá decisão final.

Fonte: Agência Senado