A Companhia Elétrica de Minas Gerais - CEMIG - construiu na Rua Gonçalves Dias, esquina com a Espírito Santo, centro de Belo Horizonte, o Centro de Arte Popular - Cemig.
O projeto arquitetônico e museológico ficou sob a responsabilidade de Janete Ferreira da Costa (1932-2008). Responsável por centenas de projetos de arquitetura de interiores e ambientação de residências, prédios públicos, escritórios de empresas e, sobretudo, de hotéis, Janete executou projetos em todo o Brasil e no exterior, usando como complemento obras de artistas brasileiros. Seu trabalho tem como característica a valorização da Arte Popular Brasileira. Janete promoveu, na execução desses projetos, artífices em áreas carentes do país, dando assim, oportunidade de trabalho a inúmeras famílias que, exercendo seu ofício, aprimoram suas qualidades e sua cultura, a partir da orientação dela emanada.
Museografia
A museografia do Centro de Arte Popular - Cemig tem como finalidade valorizar e deixar claro ao visitante as referências materiais e não-materiais que definem a identidade de diferentes grupos humanos – artistas e artesãos – no tempo e no espaço.
Assim, o Centro dará a oportunidade ao artista popular de mostrar sua arte em um espaço próprio, onde as obras serão exibidas museograficamente, conferindo o devido valore que merecem. Com curadoria criteriosa e ampla, as obras serão selecionadas com rigor e destaque aos grandes artistas mineiros vivos ou mortos.
O projeto de museografia e a curadoria são de Eliane Guglielme e Mário Santos.
Tecnologia
Preparado tanto para abrigar exposições de longa duração quanto temporárias, o Centro de Arte Popular - Cemig contará com moderno aparato tecnológico.
Mídias, som e imagem tornarão as exposições mais dinâmicas, contemporâneas e interativas, e ajudarão na contextualização dos temas, mostrando ao visitante uma dimensão mais ampla e profunda do histórico cultural de cada região. Assim, as músicas regionais, entrevistas e imagens locais das comunidades serão complementos expositivos e interativos com referências às obras expostas, suas origens, seus autores, entre outras informações.
A cenografia geral do Centro de Arte Popular - Cemig inclui projeções de imagens, sound tube, mapa interativo no chão, backlights, totem com computador touch screen, fotografias nas paredes, TVs LCD, entre outros equipamentos.
Diversos ambientes
Nos 1° e 2° andares, estarão duas salas de arte popular mineira, com esculturas e obras organizadas por materiais, temas e cronologia. Dessa forma, haverá espaços distintos para: esculturas em madeira e em cerâmica; telas; teares; instrumentos musicais; sala multimídia, e um espaço que destacará os principais celeiros de arte popular de Minas Gerias, por exemplo, o Vale do Jequitinhonha.
O Centro contará ainda com sala multiuso e auditório para realização de seminários, conferências, palestras, laboratórios de arte, workshops, cursos de atualização cultural, entre outros, além de um espaço multidisciplinar onde serão realizadas atividades culturais cujo objetivo principal é informar, formar e dotar o museu de uma dinâmica cultural.
Na área externa, haverá um jardim para o café com mesas e comercialização de produtos alimentícios locais.
Primeira exposição temporária
Além do acervo de longa duração, a primeira exposição temporária programada para o Centro será uma Exposição de Arte Popular Brasileira (com obras de diversos estados, exceto Minas Gerais). Todas as obras mostradas nessa exposição temporária virão do acervo da Galeria Estação, de São Paulo, e pertencem à colecionadora Vilma Eid.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
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