Como parte da programação da VIII Bienal Internacional do Livro do Ceará ocorreu, no último dia 16, o I Congresso Brasileiro de Poetas Cordelistas, Editores e Folheteiros. Iniciativa importante, este evento traz uma novidade: a participação dos editores e folheteiros. Não se trata aqui de diminuir a importância do artista, do poeta que escreve o folheto, mas de reconhecer o fundamental trabalho, muitas vezes anônimo, da figura do editor e do folheteiro. Talvez na literatura de cordel essas figuras tenham se confundido muito, pois a maior parte dos poetas concilia as funções de editor e vendedor de folhetos. Mas a visibilidade para o processo de edição do cordel e de sua comercialização, assim como a história da edição do cordel, também precisa ser registrada, uma vez a maioria dos poetas consagrados do cordel também possuíram tipografia e editaram folhetos. Senão vejamos apenas alguns exemplos: Leandro Gomes de Barros, João Martins de Athayde, Manoel Camilo dos Santos, Joaquim Batista de Sena, João José da Silva, José Bernardo da Silva. Todos estes poetas conciliaram as funções de escritor e editor.
Segue a programação do Congresso:
14:00h - sessão solene de abertura com o poeta paraibano Mestre Azulão
14:50h - mesa redonda: a atual situação da Literatura de Cordel. Participações: Marco Haurélio (SP), Assis Ângelo (SP), João Firmino Cabral (SE), Lucarocas (CE) e Vidal Santos (CE).
16:00h - mesa redonda: o Cordel na Sala de Aula. Participações: Rouxinol do Rinaré (CE), Arievaldo Viana (CE), Guaipuan Vieira (CE), Mestre Azulão, Pardal (CE) e Mestre Bule-Bule (BA).
17h20 - mesa redonda: As Novas Perspectivas para a Literatura de Cordel. Participações: Klévisson Viana (CE), Flávio Martins (CE), Marco Haurélio (SP) e Zé Maria de Fortaleza (CE).
18:00 – apresentação dos poetas: Mestre Bule-Bule, Francisco Melchíades (CE), Klévisson Viana e Sérgio Severo (CE).
Durante toda a bienal, até o dia 21 de novembro, haverá a Feira de Cordel, das 9 às 22 horas.
8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará – Até 21 de novembro, das 9h às 22h no Centro de Convenções do Ceará (Av Washington Soares, 1141).
Segue a programação do Congresso:
14:00h - sessão solene de abertura com o poeta paraibano Mestre Azulão
14:50h - mesa redonda: a atual situação da Literatura de Cordel. Participações: Marco Haurélio (SP), Assis Ângelo (SP), João Firmino Cabral (SE), Lucarocas (CE) e Vidal Santos (CE).
16:00h - mesa redonda: o Cordel na Sala de Aula. Participações: Rouxinol do Rinaré (CE), Arievaldo Viana (CE), Guaipuan Vieira (CE), Mestre Azulão, Pardal (CE) e Mestre Bule-Bule (BA).
17h20 - mesa redonda: As Novas Perspectivas para a Literatura de Cordel. Participações: Klévisson Viana (CE), Flávio Martins (CE), Marco Haurélio (SP) e Zé Maria de Fortaleza (CE).
18:00 – apresentação dos poetas: Mestre Bule-Bule, Francisco Melchíades (CE), Klévisson Viana e Sérgio Severo (CE).
Durante toda a bienal, até o dia 21 de novembro, haverá a Feira de Cordel, das 9 às 22 horas.
8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará – Até 21 de novembro, das 9h às 22h no Centro de Convenções do Ceará (Av Washington Soares, 1141).
2 comentários:
Que coisa boa!!! É desse tipo de iniciativa que tanto carece a nossa cultura popular. Só me resta um lamento: não ter estado nesse tão importante evento. Quero no entanto, agradecer o envio desta notícia pela minha conterrânea, professora e pesquisadora Rosilene Melo.
Severino Honorato - Rio de Janeiro/RJ.
Prezada Rosilene,
Como sempre seu blog é muito atualizado e rico em informações relevantes. PARABÉNS!
Gostaria de contribuir com versos do poeta Delarme Monteiro da Silva sobre a questão do autor, editor e distribuidor, em que evidencia a importância social da literatura de cordel na subsistência de toda uma camada social, conforme citação abaixo:
"(...)
Dos poetas de cordel
Foi Leandro o pioneiro
Aqui dentro do Recife
Assim foi ele o primeiro
A distribuir folhetos
Por este Nordeste inteiro.
E mais adiante continua, referindo-se ao poeta João José da Silva, outro grande editor do Recife, tendo fundado a Luzeiro do Norte...
(...)
Certo dia em meu balcão
Surgiu um tal João José
Numa roupinha "sambada"
Tamanco velho no pé
Perguntou pro meu irmão
- O senhor Delarme, quem é?
Então eu me aproximei
A ele fui atender
João José me perguntou
O senhor pode dizer
Se aqui vende folheto
Para a gente revender
(...)
De fato com poucos meses
João José se apromou
Consegui comprar um prelo
Uma gráfica montou
De poeta folheteiro
Para gorssista passou
Isto para que chegou
Puxando uma "cachorrinha"
Comendo no "come em pé"
Meia sôpa com farinha
Prova que a literatura
De cordel já é rainha.
Fases áureas da literatura de cordel, que na década de 70 sofre queda com a crise da indústria do papel.
(Silva, Delarme Monteiro da. Nordeste, cordel, repente e canção, [19--]
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