domingo, 14 de dezembro de 2014

Participação feminina na Academia Piauiense de Literatura de Cordel

Fonte: redacao@cidadeverde.com

Entre as 35 cadeiras da Academia Piauiense de Literatura de Cordel (APLC), cinco são ocupadas por mulheres. Elas, assim como os demais acadêmicos, foram empossadas na noite dessa sexta-feira (5), durante a solenidade de instalação da APLC, na sede do projeto “Música para Todos”, em Teresina. Após apresentação musical com alunos do projeto, o presidente da Academia, Gonçalo Ferreira, abriu o evento, com a nomeação do poeta Pedro Costa como presidente da entidade. “Esse é um momento histórico para o Piauí e é o resultado da obstinação dos poetas”, disse.
Pedro Costa agradeceu aos presentes e destacou a importância do poeta Pedro Mendes, presidente da Casa do Cantador e idealizador da Festa dos Violeiros, que começou a difundir o cordel no Piauí em 1962. “Comecei como violeiro há 30 anos e depois passei para o cordel. É um trio perfeito: música, cordel e xilogravura. Estamos muito felizes por essa conquista”, disse o presidente da APLC.
Entre os presentes estava o secretário municipal de Cultura, Lázaro do Piauí, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE), desembargador Edvaldo Moura, e Dora Medeiros, do Conselho de Cultura. Após a abertura, houve a entrega dos mantos – uma espécie de capa – e um diploma a cada um dos empossados. A professora Josefina Ferreira, cujo mestrado foi voltado à literatura de cordel, passa a ocupar a cadeira número 4 da Academia, tendo como patrono o poeta Hermínio Castelo Branco.
Natural de São João do Piauí, Josefina quer levar sua formação adiante e investir no doutorado, sem perder o foco na literatura de cordel, uma paixão adquirida na infância, quando via sua mãe ler os folhetos para a vizinhança. “Minha casa era uma sala de aula. Foi aí que começou minha paixão pelo cordel. Logo que aprendi a ler passei a fazer o mesmo que minha mãe”, conta. É com essa linguagem mais acessível e ritmada que a pedagoga quer se aproximar do universo infantil.
“Muitos projetos podem ser desenvolvidos a partir do cordel e voltados ao público infantil. A Academia veio para integrar os poetas e para ser um espaço onde a população vai poder conhecer mais esse gênero literário”, pontua. Josefina possui cinco folhetos publicados, dentre eles “A história da escrita: das paredes, das cavernas às telas do computador”. Além disso suas obras integram a Antologia Transcultural de Poesia Feminina, com trabalhos de 13 poetisas.
A APLC vai funcionar na mesma sede da Fundação Nordestina de Cordel (Funcor), no bairro Parque Itararé, em Teresina.

redacao@cidadeverde.com
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